Este projeto visa a questionar através do corpo em movimento e da videoperformance, os pontos fortes e limitações da tecnologia. Mais exatamente, refletir através da videoperformance, o conflito de valores que atravessa o pensamento humano contemporâneo.

 

De um lado, a tecnologia a serviço do ser humano e da arte cria novos horizontes, em favor do ser humano e da disseminação de novos pensamentos, dando origem a novas oportunidades para o presente e o futuro. No entanto, ele também pode servir à disseminação de pensamentos e projetos destrutivos. Tecnologia, meios de comunicação, por sua ambivalência, refletem os conflitos de valores e pensamentos que atravessam as nossas sociedades contemporâneas.

​

Até que ponto esta tecnologia pode nos ajudar e até onde podemos empurrá-la para a destruição? Portanto, teremos o desafio de questionar a nossa identidade como seres humanos: procuramos questionar o corpo e o link (entre os corpos, entre bailarinos e espectadores) dentro de seus limites e extremos. Até onde estamos dispostos a ir na construção, como na destruição? Para isso, escolhemos como primeira fase, questionar as imagens de violência comuns que nos rodeiam: corpo ferido, maltratado, explorado, discutido, morto.

​

Por uma série de performances in situ, nós décontextualisaremos estas imagens para requestionar-las em um contexto diferente, na busca dos limites, na arte e no movimento, a violência, a perda, a confiança e a solidariedade que podemos alcançar . Nós, obviamente, não tentemos imitar as realidades violentas, mas sim, desenhar como artistas confrontados a realidade, em sensações que desafiam as nossas próprias fronteiras.​